terça-feira, 26 de junho de 2012

Apenas rostos?


Ei rosto tudo bem contigo?!
Diga-me quem tu és?
Diga-me quem tu foste?
Quem te conheceu?
Os espelhos pelos quais tu passaste e que com eles tu interagiste sobre tua beleza peculiar?
Quem tu amas ou amou?
Diga-me algo sobre tu porque eu sei que tens muita história pra contar.

Todos os dias somos cercados de rostos por todos os lados. É rosto pra cá, é rosto pra lá, e cada um conta uma história. Um rosto fala sobre quem somos ou fomos. Conta a história de experiências vividas. Caminhos percorridos. Traços marcantes e hereditários que carregam um nome, um sobrenome, um clã, um propósito.

Eu saio de casa, e pelas ruas da cidade eu vejo infinitos rostos. Olho o rosto do magro e do gordo, o rosto do negro e do branco, o rosto do velho e do moço, o rosto da dona Maria e do seu João. E independente de quem ele seja, cada rosto tem “cara” de alguma coisa. O seu tem “cara” de que ou de quem heim?  De repente você tem “cara de uma fruta” ou “cara de cachorro”, “cara de macaco” ou “cara de coruja”. Talvez você tenha cara de patricinha, cara de alguém chato ou convencido. Ei “cara de pau”! Você tem cara de um ator famoso? Mas é a cara de Brad Pitt! Kkkk...

Rosto não se compra e não se vende.
Rosto que ama não abandona.
Rosto que faz alguém feliz é impossível de ser esquecido.
Rosto que é lindo.
Rosto que influencia e que coloca alguém pra cima.
Rosto que inspira.
Rosto que se vê e logo se deseja conhecer.
Muitos rostos alegres, outros nem tanto. Um rosto sofrido que o deixa compadecido.
Um rosto que merece nossa atenção e outros que ignoramos completamente.
Rosto que meio sem querer você acaba conhecendo só porque nele se esbarra todos os dias.

É muito ruim quando você sente falta de um rosto, mas que infelizmente não pode estar mais diante dos seus olhos. E o que resta são somente as lembranças vivas em sua memória.

Tem também aquele rosto marcante que você viu uma vez e nunca mais saiu da sua cabeça.

Uma vez estava fazendo umas fotos no Centro Histórico da Cidade quando me deparei com um senhor já de idade sentado na soleira de um casarão. Ele era negro de cabelos longos e grisalhos e barba longa e grisalha também. De roupas simples de pano grosso, sujas e surradas pelo tempo. Com um cantil e sandálias de couro ele estava sentadinho todo quieto, apenas ali. Mas nada se comparava ao rosto daquele homem... Sua expressão facial era algo inesquecível.  Logo o cumprimentei e pedi para fotografá-lo. Engraçado é que ele disse nem que sim, nem que não, só ficou me encarando nos olhos. E como quem cala consente claro que eu o fotografei. Ficou ótimo! Não era apenas uma foto, mas uma arte.

Com certeza aquele rosto “castigado” tinha muita história pra contar. Pra muitos um mendigo apenas, mas pra mim um rosto que se eternizou em minhas memórias e que de alguma forma me ajuda sempre que preciso ser mais humano.

Então seja ele conhecido ou desconhecido, cada rosto sempre terá algo a dizer a respeito de si mesmo.
Sempre haverá em cada rosto uma história escrita pelo tempo.
No rosto sempre haverá a história de uma vida.


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Calem-se, assim eu enlouqueço!






Tem hora que tudo o que você deseja é o silêncio...  Definitivamente você quer ficar em paz e não ouvir mais nada nem ninguém.  Mas é claro que seria quase que impossível não ouvir o galo cantando de manhã bem cedo, ou o cachorro latindo por qualquer motivo, o barulho dos carros na rua, o som da cidade, o som das pessoas, a música bem alta que vem da casa do vizinho, a voz do seu chefe reclamando porque você chegou atrasado no trabalho, a voz de sua mãe brigando com você, a voz do seu amigo te chacotando porque seu time perdeu aquela partida, a voz daquele professor de matemática financeira depois de um dia intenso de trabalho, a voz da sua esposa ou esposo que só sabe reclamar de você, a voz daquele tipo de pessoa que só sabe te cobrar porque nunca tá bom o suficiente e que hipocritamente diz que se importa mas que na verdade não dá a mínima pra você, a voz do mundo, a voz do seu inimigo eterno, a sua voz que não se cala por um instante também. Enfim... Como alguém uma vez disse: “São tantas vozes”.

E porque são tantas vozes, elas em algum momento, acabam se congestionando em nossos ouvidos causando grandes confusões e danos.

Mas o que fazer para se ver livre dessa poluição sonora evitando assim todo um stress psicológico? Será que existe um meio? Sinceramente eu digo que não. A não ser que você queira se enfiar no meio de uma mata fechada ou virar esquimó, não tem como você fugir de toda essa barulheira. Infelizmente temos que lidar e administrar tudo isso, embora não seja fácil. Seria bom se existisse um botãozinho “mute” para as “vozes” indesejáveis. Seria bem cômodo, não?!

Mas calma... Calma mesmo viu?! Relaxa... E é isso que você deve fazer, relaxar mesmo.
Tem hora que precisamos nos esconder em um lugar bem tranquilo e descansar. Tem hora que precisamos ouvir uma Única Voz.

Experimente descansar em pastos verdejantes e conecte seu espírito nos mais altos céus.
Mas entenda que “pastos verdejantes” não necessariamente é um lugar físico, mas um lugar espiritual que nos permite esvaziar-nos de tudo, até de nós mesmo.
Sendo assim e o que estou querendo dizer desde o começo é que em meio ao turbilhão de vozes que vem contra nós, precisamos parar e ouvir a voz de Deus. Faça isso ao menos uma vez ao dia. Pare tudo que estiver fazendo e se encontre com Ele. Descanse!

“... Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas”. Salmos 23:2